Creche Escola Curumim


            Creche Escola Curumim: Mais um retalho que compõe esta colcha de afetos...

Diante da realidade do Bairro Village Campestre II não dispor de nenhuma creche pública que atendesse crianças de zero a 5 anos, e diante do alto índice de carência da população,  O Centro de Formação e Inclusão Social Inaê iniciou dia 18 de abril de 2011 a Creche Escola Curumim , atende  30 Crianças de zero a 5  anos de idade, na comunidade Village Campestre II, através do Espaço de Apoio Lúdico-Pedagógico, integrando ações e atitudes cujo propósito é contribuir com o desenvolvimento pessoal e comunitário.
O trabalho é desenvolvido a partir dos eixos: Assistência Sócio-Familiar, Educação Integral e Permanente  e Saúde Preventiva.  É um espaço de oferta de educação sistematizada através do ensino-aprendizagem divertido, brincante e lúdico, onde se aliam valores, conteúdos e culturas que proporcionam uma prazerosa troca de experiências entre educador e educando. As crianças atividades relacionadas à Educação Infantil de forma lúdica, com acompanhamento pedagógico e em tempo integral de segunda a sexta-feira no período de fevereiro a dezembro. O brincar e o fazer artístico como produção de conhecimento.
O espaço educativo trabalha o Desenvolvimento Integral das Crianças, fortalecendo as oportunidades de aprendizado pela convivência social, com olhar à situação de vulnerabilidade da comunidade local.
O trabalho com as crianças da creche tem como objetivo acessar as mães, a família e uma educação integrada. A criança se torna um dispositivo de integração à família e assim como se travessa questões como pertencimento à comunidade, a cultura e aspectos identitários.
O perfil das crianças que ficam na creche por tempo integral, em sua maioria são filhas de mães jovens entre 19 e 28 anos, geralmente com mais de três irmãos, cujo a base da renda familiar está sustentada nos projetos assistenciais como bolsa família. Em casos raros, trabalham informalmente como faxineiras, ganhando menos de um salário mínimo por mês.
O tráfico, o uso ou a exposição à droga são presentes e freqüentes no cotidiano e relação mãe- criança. Muitas delas perderam seus companheiros assassinados por divida de droga. Outras, engravidaram nestas condições. As crianças em sua maioria convivem com algum membro da família usuário de álcool ou outras drogas. O baixo nível de escolaridade, o constante risco de violência doméstica e  dependência financeira dos companheiros (quando os têm), aliadas à convivência continua com álcool e outras drogas, são discursos presentes no cotidiano das mães e das crianças.
Para isso, são realizados  grupos com as mulheres, facilitado pela psicóloga que discutem temas como família, gênero, identidade, autonomia e cultura. Entre esses eixos, Poe em evidência o fortalecimento do vínculo mãe e filho e a co-participação das mulheres na educação da criança.
Daí parte nosso maior desafio:  A consolidação da creche parte do entendimento que a criança é o dispositivo para acessar essas mães, possibilitando o fortalecimento de vínculo entre elas, fortalecendo o pertencimento familiar.
O funcionamento da creche em tempo integral possibilita a participação das mães nas oficinas e assim agregar a todos os pontos citados interiormente, a geração de emprego e renda, calcado na autonomia destas mulheres.